Crônica: Irmandade da alma

Leighton Meester e Blake Lively (Edição de fotos para a revista Rolling Stone)

"Se soubesse a quantia de coisas que poderiam ter atrapalhado a amizade delas, ficaria surpreso. Elas podem não ter amizade a muito tempo, mas é como se já se conhecessem de outras vidas, em um ano dessa relação já viveram muito mais do que outras pessoas em uma vida inteira.
São inúmeras as pessoas que perguntam se elas são irmãs, não por aparência física, mas por causa dessa incrível conexão de alma que elas tem e pode ser notada até do espaço.



Elas já brigaram várias vezes sim, não se iluda a quanto isso, mas isso nunca dura muito tempo. Quando estão sem se falar, é como se faltasse um pedaço de si mesmas. Um olhar, um sorriso e tudo passa, todas as diferenças são deixadas de lado quando uma precisa da outra e elas sempre serão dependentes dessa ligação. A vida de uma se torna melhor quando compartilhada com a outra.
Já compartilharam mais confissões do que outras pessoas em um confessionário, assim como compartilharam sorrisos e lágrimas. Já dividiram batom, câmera do celular e segredos. 
Colocam a amizade acima de qualquer coisa e de qualquer pessoa. Não é por qualquer "carinha" que vão brigar, acredite, assim como opiniões alheias não afetam em nada o amor que sentem uma pela outra.
Passam pela mesma coisa ao mesmo tempo, é como se suas almas fossem irmãs gêmeas. Se apaixonam ao mesmo tempo, passam por situações ruins juntas - assim como em situações boas-, pensam da mesma maneira sobre determinadas coisas e pessoas.
Ficam acordadas até tarde -mesmo com sono- apenas para compartilhar alguma coisa que tenha acontecido ou ajudar a outra que está passando por algum problema.
Chega a ser impressionante que mesmo depois de passarem horas juntas, ainda tenham novidades e assuntos pra compartilhar, que mandem mensagens dizendo estarem com saudades e realmente a sintam.
Elas são o amuleto da sorte uma da outra, afinal sabem que tudo fica mais fácil se puderem contar uma com a outra. São sua própria religião, pois acreditam fielmente uma na outra. 
Podem ser diplomadas em conselhos quando necessário; podem ser humoristas mais engraçadas quando tudo que a outra precisa é sorrir verdadeiramente; podem se tornar maiores guerreiras do que um gladiador do Coliseu, só para se protegerem nas batalhas da vida.
Elas estão sempre lá uma pra outra, mesmo estando em planetas diferentes, nada conseguiria abalar isso. Mesmo que suas vidas tomem rumos diferentes, que fisicamente estejam separadas, elas darão um jeito de não se abandonarem, darão um jeito disso durar pra sempre, porque mesmo a maior distancia do mundo não pode separar dois corações e os delas estão ligados para todo sempre com essa amizade.
Nem todos os dicionários do mundo teriam palavras o suficiente para elas descreverem como se sentem, mas apenas um olhar e uma já entende o que está se passando com a outra.
Elas nunca estarão sozinhas, sempre terão a companhia uma da outra pra rir, chorar, se emocionar, se entediar, se divertir ou qualquer outra coisa que queiram ou precisem fazer.
O santo delas simplesmente bateu, para quem acredita em Deus, é obvio que ele mandou uma de presente pra outra, um anjo em forma de pessoa para cuidar de sua criação na Terra.
Qualquer um que faça algo ruim para uma se torna o maior inimigo da outra e vice-versa. Quando tudo que uma precisa é descobrir como seguir em frente, a outra chega e mostra a direção que deve ser seguida.
Pode ter certeza absoluta que elas colocariam qualquer coisa em risco por essa amizade e não tem no mundo ninguém que faria por uma amizade o que elas fariam uma pela outra.
Se a amizade é um casamento, elas se casaram pra eternidade."


Essa crônica é uma homenagem para minhas irmãs de alma: Fernanda Silva, Grazi Ramos, Janis Soares, Jéssica Barreto, Letícia Tunin, Laureane Lemes, Thaís Mendonça, Úrsula Vanesca e Valquiria Medeiros.