| Foto tirada por Altair Rian, no parque de diversões Hopi Hari (07/09/2012) |
É maravilhoso ver que algumas pessoas tem esse dom de afastar da nossas mentes confusões, preocupações, vícios e tristezas. Toda vez que lembro de certos dias, certas amizades, certos momentos, tenho certeza que esses detalhes estarão sempre gravados na minha memória.
Por vezes nos preocupamos com coisas tão bobas, perdemos nossos tempos remoendo memórias ruins, sentimentos negativos e pessoas que nos magoaram profundamente, sendo que essas pessoas nem ao menos se lembram do que disseram. Afinal quem lembra da ferida é sempre o que foi ferido.
Mas os melhores momentos, aqueles que acessamos diretamente nas nossas memórias, esses duram pra sempre, fazem com que nos lembremos que sobreviver e viver são coisas muito diferentes. Sobreviver é estar vivo, respirando, agora viver é muito mais do que isso, é se sentir livre, infinito, completo. Mas afinal quantos dias você viveu e quantos apenas sobreviveu?
Tem pessoas que nos marcam com tamanha intensidade que chega a ser difícil de explicar. Quantas vezes tivemos conversas aleatórias com completos desconhecidos -os quais quase sempre nem nos lembramos de ter perguntado o nome- e guardamos essas conversas por anos? Eram completos estranhos, mas naquele curto espaço de tempo compartilhado, se tornaram importantes, como se fossem amigos antigos que conheciam detalhes nossos que nós mesmos não percebemos. As vezes podemos ter sido esse estranho na vida de alguém, sem ao menos saber qual impressão deixamos, ou quanto marcamos a vida daquela pessoa. Esquecemos que personagens principais também podem se tonar figurantes em alguma parte da trama da vida.
O que quero realmente dizer, é que não notamos quando momentos bons estão acontecendo. Não sabemos por quanto tempo eles durarão nas nossas memórias ou quantas vezes vamos lembra-los com saudade. Talvez seja o mesmo com as pessoas, não notamos o quanto aquele "Bom dia" recebido de um estranho, um "Licença" ou até mesmo uma conversa de poucos minutos, podem ter mudado completamente o rumo que tomaríamos no dia em questão.
Talvez você não se lembre do seu primeiro melhor amigo, do seu brinquedo predileto da infância, do seu primeiro machucado, do seu primeiro choro, da sua primeira desilusão - e nem estou falando de desilusão amorosa-, mas você pode se lembrar com perfeição de alguns momentos que quando você viveu pareceram insignificantes, isso acontece pelo motivo mais simples que poderia existir: Você não estava sobrevivendo e sim vivendo, aprendendo, se divertindo, sofrendo e amadurecendo. Esses pequenos acontecimentos definiram sua vida, suas escolhas e até mesmo a pessoa que você se tornou.
Viva intensamente, tente tirar o máximo de proveito de boas oportunidades e aprendizado de coisas ruins.
A vida é como uma estrada, não sabemos onde acabará nossa viagem, por vezes temos que seguir o caminho sozinhos, algumas vezes temos pessoas nos acompanhando no trajeto, por vezes podemos não gostar de certas vias, mas compreendemos que elas são necessárias para alcançar nosso destino. Mas nossa única certeza é que um dia a estrada chegará ao fim e o que dirá se a viagem foi proveitosa, será o seu trajeto percorrido.
Não se preocupe com o amanhã, com daqui a algumas horas ou com o pôr do sol. Só viva cada momento como se ele fosse único, o amanhã não é certo, então quais são os seus motivos pra deixar algo pra depois?
O que sei, é que nesse momento, cercada pelos meus amigos, sem saber do amanhã ou sequer pensar nele, rindo de piadas bobas e pervertidas, bebendo meu refrigerante como se tivesse algum teor alcoólico, me sinto finalmente e completamente: VIVA.
Pode me chamar de Jess. 20 anos, blogueira.
Fã de Game Of Thrones, Arctic Monkeys e Harry Potter.
Amante da escrita e leitora voraz.
Taubateana com sotaque mineiro, uai. Escritora de crônicas, resenhas e conselhos que tem dificuldade para seguir.
Lindo texto! Realmente, viver é esse jogo sem regras e que não se sabe quando termina, e nem com quem se está jogando.
ResponderExcluirNós perdemos o presente, sempre que nos ausentamos dele para vivenciar o passado ou dar espiadas no futuro. É humano planejar, ou relembrar o passado, mas fazer morada lá, já são outros quinhentos...
Adorei o blog *-*
Blog Seja Frugal
Fico feliz que tenha gostado do blog e do texto Sarah :)
ResponderExcluirEntendeu completamente a essência, espero que volte mais vezes para ler nossas crônicas.
Beijos!!!